Desde 2014 a Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) organizam a campanha do SETEMBRO AMARELO no Brasil.
Segundo informa o site da campanha, (setembroamarelo.com) no Brasil em torno de 12 mil pessoas cometem suicídio por ano. No mundo inteiro estima-se que em torno de 800 mil pessoas se suicidem por ano.
Diante desta realidade, o objetivo da campanha Setembro Amarelo é informar e alertar sobre o suicídio, que tem como causa principal a depressão.
Estou aqui para partilhar com vocês que existe sim maneiras da depressão ser diagnosticada e tratada. Fico triste demais quando esse conhecimento não está claro ainda na população. Meus queridões, muitos casos de suicídios podem ser prevenidos e evitados.
1-Setembro amarelo: Depressão não é tristeza
A depressão é a maior responsável por suicídios dentre todos os problemas mentais. 🙁
Como dissemos no começo deste texto, a depressão e outros problemas mentais são tratáveis e como consequência podemos evitar muitos casos de suicídio.
Por isso, é importante esclarecer o que é a depressão e como identificá-la. A depressão ao meu ver fica bem esclarecida na fala do Dr. Drauzio Varella que diz:
“depressão é uma doença psiquiátrica crônica e recorrente que produz uma alteração do humor caracterizada por uma tristeza profunda, sem fim, associada a sentimentos de dor, amargura, desencanto, desesperança, baixa autoestima e culpa, assim como a distúrbios do sono e do apetite”.
Assim, queridões a depressão tem como característica principal o sentimento de tristeza profunda que se prolonga por muito tempo.
Mas, depressão não é o mesmo que tristeza meus queridos, portanto tenha atenção!
A tristeza em si é um sentimento que nós temos e convivemos nas nossas vidas, tão comum quanto o sentimento de alegria.
A diferença aqui é a duração, pay attention!(preste atenção). Uma pessoa que experiencia o sentimento de tristeza encontra maneiras de lidar com ela e em algum momento a tristeza vai passar.
Já para uma pessoa que sofre de depressão, a tristeza não passa. O humor dela permanece deprimido quase constantemente. Além disso, o interesse por diversas atividades de que gostava se perde, ela se sente sem ânimo, sem esperança e não consegue enxergar uma saída para a dor que sente.
2- A importância de identificar a depressão para prevenir o suicídio
Atualmente ainda existe uma tendência de não levar a sério a depressão. Considerar que a pessoa está fazendo drama, que ela é “desocupada” ou que a dor que ela sente é passageira impedem de identificar uma doença que atinge cada vez mais pessoas no mundo.
A realidade é que pode ser difícil entender o que está acontecendo com uma pessoa que tem depressão.
Por isso é importante a divulgação e campanha do Setembro Amarelo para que esse conhecimento chegue às pessoas e assim elas possam reconhecer e ajudar quem sofre de depressão e/ou apresenta pensamentos suicidas.
Para termos uma ideia, em 2018 a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou que até 2020 a depressão seria a doença mais incapacitante do mundo. Então, é evidente que se trata de uma doença séria que acomete crianças, adolescentes, adultos e idosos. Além disso, a depressão acontece em todas as camadas sociais.
O que é mais preocupante é que a depressão afeta em torno de 350 milhões de pessoas no mundo (2020). Mas, apesar de existirem tratamentos para a depressão, menos da metade das pessoas que sofrem da doença no mundo recebem o tratamento devido.
Isso ocorre principalmente por falta de recursos, por falta de profissionais. Além disso, também ocorrem diagnósticos incorretos da doença, e a pessoa não recebe o tratamento devido. (https://www.unisaudems.org.br/noticias/ate-2020-a-depressao-sera-a-doenca-mais-incapacitante-do-mundo–diz-oms)
3-Quais os sintomas frequentes de depressão?
Primeiro é preciso ter em mente que existem diferentes tipos de depressão, como depressão pós-parto, distimia, depressão sazonal. Mas, no geral, a pessoa com depressão pode apresentar, dentre outros sintomas:
– tristeza profunda que parece não ter fim;
– perda de interesse por atividades que costumava exercer e gostava;
– pode apresentar muito sono ou perda de sono;
– cansaço constante e desânimo;
– perder peso ou ganhar peso (sem conexão com uma dieta nova);
– sente culpa;
– baixa autoestima;
– pensamentos suicidas (chegando mesmo a falar que não vale a pena viver, etc.);
– sente-se sem esperança;
– pensamentos negativos em excesso.
Os sintomas podem variar e por essa razão a ajuda de profissionais como psicólogos, psicanalistas, psicoterapeutas e psiquiatras é indispensável para o diagnóstico.
O tratamento (solução) pode envolver sessões de terapia ou um bom processo de desenvolvimento pessoal em saúde emocional. Em casos onde isso não é o suficiente, medicamentos pode ser necessário ser receitados por um psiquiatra.
Se você está lendo este texto e sente um ou mais dos sintomas descritos acima, procure ajuda.
Fale com alguém que você confia para pedir ajuda ou vá diretamente a um ou maqis profissionais, até encontrar o que realmente irá te ajudar com esse desafio.
Se sentir que não tem nenhuma força para ir atrás de algo ou não consegue falar com pessoas conhecidas, você pode ligar no número 188 (Brasil) ou 96 955 4545 ou 808 200 204 (das 20h á 1h , chamada local), onde você vai encontrar apoio emocional e acolhimento em total sigilo. Caso você esteja em outro país, busque um apoio gratuito em seu país por meio do google, sempre existe uma sistema para apoio.
Não guarde a dor e sofrimento que sente. Busque ajuda profissional
Fale o que sente e não omita, confie e diga suas dores.
A sua vida vale muito mais que hoje imagina valer!
Se eu puder ajudar em algo, nunca deixe de me dizer.
Um forte abraço da Lih